Dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher e, de acordo com o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério da Economia, houve um crescimento de 60% da representatividade feminina na área de Tecnologia da Informação nos últimos 5 anos, subindo de 27,9 mil para 44,5 mil mulheres trabalhando na área.
Apesar da TI ser conhecida por ser uma área predominantemente masculina, há mulheres importantíssimas na história da tecnologia da informação:
- Ada Lovelace (1815-1852)
Augusta Ada King, conhecida como a Condessa de Lovelace, traduziu um artigo italiano sobre as ferramentas analíticas. Tradução que foi usada por Charles Babbage, matemático idealizador da Máquina Analítica. Ada produziu um estudo em 1843 que continha no que é para muitos, o primeiro algoritmo criado da história, muito antes da existência dos computadores para processá-los, que só foi provado como correto após seu falecimento.
- Mary Kenneth Keller (1913-1985)
Freira e nascida em Ohio nos EUA, Mary é considerada a primeira mulher a receber um doutorado em ciências da computação. Sua motivação era usar os computadores em prol da educação, seja como suporte para sala de aula ou pelo número de acessos que ele poderia permitir. Devido a isso, sua maior contribuição foi a criação da linguagem de programação BASIC, criada com fins didáticos e utilizada por décadas, até ser substituída pelo Pascal. Além disso, ela sempre trabalhou com educação, fundando um departamento de Ciências da Computação na Universidade Clarke, onde permaneceu trabalhando até seu falecimento. Até hoje, seus livros são referência na área de TI.
- Grace Hopper (1906-1992)
Primeira almirante da marinha dos EUA e primeira mulher a se formar na Universidade de Yale, com um PhD em matemática. Grace foi uma das criadoras do COBOL, uma linguagem de programação para bancos de dados comerciais. Hopper também trabalhou no UNIVAC, o primeiro computador comercial fabricado nos Estados Unidos.
Uma curiosidade na sua história é a popularização do termo “bug” que aconteceu depois de Grace ter resolvido um problema de processamento de dados ao remover uma mariposa que estava criando ninho dentro de um computador. Bug, em inglês, significa “inseto”.
- Katherine G. Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson
Homenageadas no filme “Estrelas Além do Tempo” (2016), o trio de matemáticas atuou na NASA durante a corrida espacial para colocar naves tripuladas na órbita da terra. Dorothy aprendeu sozinha a linguagem de programação Fortran e fez os cálculos para as naves americanas concluírem suas rotas em segurança e retornarem à Terra com a tripulação intacta (filme disponível no Disney Plus).
- Carol Shaw (67 anos)
Se você é gamer, vai gostar de conhecer a história de Carol Shaw. Nascida em 1955, a engenheira de computação é conhecida por ser a primeira mulher a trabalhar na indústria de games. Carol Shaw estava no quadro dos primeiros colaboradores da Atari mas rapidamente foi contratada pela Activision, onde participou do desenvolvimento de vários jogos, sendo sua maior marca, o River Raid.
Nesse jogo, ela criou o primeiro sistema de geração procedural de conteúdo. Isso quer dizer que uma fase nunca era igual à outra, os oponentes, itens e objetos apareciam de forma randômica e as fases iam aumentando gradualmente de dificuldade. Esse conceito é utilizado até hoje.
Carol aposentou em 1990, mora na Califórnia e talvez um de seus jogos mais conhecidos entre as gerações posteriores é o Super Breakout, espécie de ping pong que tem que quebrar bloquinhos.
O legado das mulheres segue firme. Susan Wokjciki é CEO do Youtube, Virginia Rometty (“Ginni”) é CEO da IBM, Safra Catz é CFO da Oracle e a Angela Ahrendts é VP da Apple, só para citar alguns exemplos atuais.
Hoje, há várias iniciativas no mercado, na academia e na sociedade de curso de programação só para mulheres (sendo vários oferecidos de forma gratuita) como o Meninas Programadoras da USP, o Android Smart Girls da Unicamp, o RePrograma, o PrograMaria, o Elas Codam da Kenzie Academy e o DevElas da Catho em parceria com a Let’s Code.
Devido a questões sociais e iniciativas como os cursos mencionados acima, o aumento das mulheres no mercado de T.I. vem se consolidando. Segundo o BNE (Banco Nacional de Empregos), tivemos 10.375 candidaturas femininas em cargos de TI entre janeiro e maio de 2020, número que subiu para 12.716 no mesmo período em 2021.
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